terça-feira, 21 de agosto de 2012

Nos bastidores da escravidão

Após a descoberta do Brasil, os colonizadores, a procura por menor custo na produção e na mão-de-obra,  começaram a transportar africanos, para o Brasil. Enchiam porões de  navios e colocava-os a venda de forma desumana e cruel.

Milhares de famílias foram destruidas, levadas e presas dentro de porões escuros. Não podiam se movimentar, eram alimentados da mesma forma que os animais, e brigavam com suas próprias fámilias por comida. Muitos tentavam tomar o controle do navio, mas eram açoitados na frente de todos para que mais ninguém mais se revoltasse, ou então eram jogados na água, ainda vivos. Muitos suicidavam e levavam com eles suas crianças.

Os escravos achavam que depois que acabasse a viagem, nada poderia ser pior do que aquilo. Apesar de todos os fatos, a escravidão é mais antiga que o tráfico do povo africano,  onde  eram escravizados nos impérios antigos, os perdedores das guerras e os povos inimigos que eram dominados.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro, os escravos eram tratados da pior forma possivel, alem de serem obrigados a trabalhar de sol a sol. Passavam as noites nas senzalas, que eram trancadas e não possuiam nenhuma janela, o que tornava um lugar úmido e escuro, e eram acorrentados para que não fugissem.

Eram muito castigados fisicamente, sendo o açoite o modo mais comum de punição no Brasil Colonial. Muitas escravas eram abusadas sexualmente pelos seus senhores de engenho e depois eram castigadas pelas suas senhoras, por se relacionarem sexualmente com os senhores. Os castigos mais comuns contra elas eram: arrancar os dentes, cortar os mamilos, arrancar as unhas, entre outros, além de terem a língua cortada, para não falarem que foi a senhora de engenho.

Logo quando entravam nos tumbeiros -navio onde eram transportados-, escravos de diversas tribus eram misturados, a fim de dificultar a comunicação entre eles, para evitar a manutenção de suas culturas, dificultando assim as revoltas. Da mesma forma, eram proibidos de praticar sua religião ou realizar rituais de suas origens. Sendo obrigados a seguir a religião católica e adotar a língua portuguesa, como modo de comunicação.

Mas mesmo com todas as restrições não deixaram seus costumes. Escondidos, realizavam rituais, se comunicavam através das suas línguas de origem e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

Muitas vezes quando falamos de escravidão  lembramos, dos capitães-do-mato, que perseguiam os escravos fugitivos,  das crueldades e da má condição de vida. Mas apesar de todo sofrimentos, esta escravidão trouxe para nossa cultura muitas riquezas: costumes, línguas, religião, comidas tipicas, entre outros coisas que ajudaram na formação da cultura brasileira.

O negro sempre reagiu a escravidão. Faziam revoltas, conspirações, fugiam e formavam quilombos nas florestas. Estas eram comunidades organizadas e funcionavam nos moldes em que viviam na África. O mais famoso foi o Quilombo do Palmares, comandado por Zumbi.

Mas mesmo com todas as revoltas, a escravidão ainda ocorre nos dias de hoje, e não apenas com os negros, mas com grande parte da sociedade que não possui condição financeira. Atualmente são flagradas fábricas, usinas, ou até mesmo pontos de agricultura que ainda ultilizam da mão-de-obra escrava, e isto não acontece apenas aqui no Brasil, mas em todo o mundo.




Fontes de busca:
http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/cultura-brasileira/cultura-afro-brasileira

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