quinta-feira, 13 de setembro de 2012

A mesma língua, outro continente, diversos países.

Temos que reconhecer que a África, mesmo antes da chagada dos portugueses, possuía e ainda possui uma grande riqueza cultural.

O período das grandes navegações e a escravidão, apesar de todo o sofrimento e humilhação serviu de intercâmbio entre Brasil e África, para além de sabores, sons e crenças, o Brasil e alguns países africanos estão unidos pela mesma língua.

Em 1994 foi criada a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Os países envolvidos foram Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e em 2002 Timor-Leste, também se uniu.

Qual é o papel da língua portuguesa na formação dos países africanos?
A língua portuguesa era a língua do colonizador, por tanto, o domínio da fala e da escrita em português significava poder.

Por volta dos anos de 1940 e 1960 a literatura agitou a bandeira contra o colonizador, surgiu o movimento da Negritude, afirmando a identidade negra e buscando a difusão da consciência cultural e política nacional, o que só foi possível, pelo uso do português.

Em 1975, para construir a unidade nacional, os governos dos países independentes investiram na educação da língua portuguesa. Assim, o idioma permitiu a divulgação da vida cultural e social que parte de dentro da África, respeitando a tradição e a história da cada um desses países.

Você sabia?
Moçambique – Memória de um povo
Na época do império Monomotapa, o idioma mais utilizado era o suáli, com influência árabe. Atualmente o português é a língua oficial, o número de pessoas que falantes de português cresceu de 25% para 39% entre 1980 e 1997.
Cabo Verde - A força da natureza
Cabo Verde é um conjunto de dez ilhas vulcânicas e cinco ilhotas, a língua oficial, é o português, porém além dele, também é usado o crioulo cabo-verdiano, que é a mistura do português com uma língua nativa.
São Tomé e Príncipe – Um pequeno território cheio de histórias
O arquipélago de São Tomé e Príncipe possui o português como idioma principal e está em terceiro país do mundo com o maior percentual da população que fala língua portuguesa.

Guiné-Bissau – Variedade de línguas e povos
O aparelho estatal e a economia guineense estão em mergulhando em crise. A economia deste território é baseada na pesca e na agricultura, sua riqueza mineral, não é explorada, por falta de infraestrutura. Com uma população de 1,7 milhões de pessoas, o IDH ocupa o posto de 171° lugar.
Angola – A violência transformada em poesia
Após muitas guerras sangrentas, a Angola tornou-se um país independente. Está em constante reconstrução e está se recuperando. Mesmo tendo o português como língua oficial, no dia a dia predominam idiomas como o quimbundo, umbundo, cuannhama, quicongo e hereró, entre outros.

domingo, 2 de setembro de 2012

Cultura Afrobrasileira

A cultura brasileira é o resultado da mistura de várias culturas: a dos portugueses que o colonizaram, a dos negros que foram trazidos como escravos e a dos indígenas que eram nativos.
Essas culturas foram mescladas e formaram o que o Brasil é hoje.

A cultura africana foi trazida para o Brasil pelos escravos negros que influenciaram a música popular, a religião, a culinária, o folclore e as festividades populares. Como os negros exerceram grande influência cultural devido à quantidade de indivíduos e à variedade de  etnias trazidos no período do tráfico transatlântico de escravos, pode-se dizer que há uma cultura afro brasileira.

Denomina-se cultura afro brasileira o conjunto de manifestações culturais do Brasil que foram influenciadas pela cultura africana desde os tempos do Brasil colônia até a atualidade.

Ao longo do tempo, as manifestações culturais afrodescendentes foram, muitas vezes, desprezadas, desestimuladas e até proibidas. Entretanto,  a partir de meados do século XX, essas expressões culturais começaram a ser aceitas e até admiradas pelas elites brasileiras como expressões artísticas genuinamente nacionais.

O samba foi uma das primeiras expressões a ser admirado. Getúlio Vargas, no governo da ditadura do Estado Novo, desenvolver políticas de incentivo de nacionalismo nas quais  a cultura afro-brasileira encontrou caminhos de aceitação oficial.  E assim, a capoeira e  as manifestações religiosas foram se incluindo oficialmente como parte da cultura brasileira.  Em 2003 foi promulgada a lei nº10.639 que alterou a Lei das Diretrizes e Bases da Educação (LDB), incluindo no currículo escolar o ensino da história e cultura afro-brasileira. Hoje, vários ramos de estudo como sociologia, antropologia, etnologia, música, linguística  estudam a evolução e a influência  histórica da cultura africana no Brasil.